Um breve momento

Sentada no sofá com o celular na mão e a televisão ligada se quer eu estava prestando atenção em ambos. Minhas irmãs no outro sofa assistindo em meio a risos. E eu com os pensamentos em outro lugar, ou ate mesmo em nenhum. Foi como se o mundo estivesse parado, e eu não sabia quem eu era ou o que estava fazendo ali. Um aperto no coração vinha a tona a todo instante, e ele batendo aceleradamente, eu não aguentei, tive que ir pro meu quarto, senti que era o momento certo pra por pra fora em lágrimas aquilo que eu ja não estava mais intendendo aqui dentro. Deitada na cama, com a luz apagada e a janela aberta, me cobri com a coberta num gesto desesperado, eu tentava buscar uma resposta, e em meio há tantos palpites nenhum era a explicação correta, a sensação de angustia só aumentava. O tempo passando, eu já via a lua trazendo o anoitecer, e o choro continuava, cheguei a soluçar. Aos poucos eu conseguia intender o que se passava no meu coração, ou o que meu cérebro queria que eu achasse, estava tudo confuso que não conseguia entrar em acordo com a emoção e a razão. Eu só queria intender, poxa como eu não sabia o que estava acontecendo comigo mesma? Então me dei conta que tem dias que por mais que nada esteja acontecendo bate uma tristeza, e eu deixava ela bater, porque as vezes a dor é necessária, e naquele momento eu só precisava sentir, precisava fechar as feridas que vinha acumulando, desabafar pra conseguir seguir em frente, e em meio há aquela luta interna eu me mantia firme pra conseguir sempre ter esperanças, fases de desânimo era o que sempre iria acontecer e que já aconteceram. Naquela hora eu abri meu bloco de notas e comecei a escrever, comecei a por em palavras tudo, foi como se o céu nublado estivesse se abrindo e consegui realmente traduzir os meus sentimentos. Meu coração foi se acalmando, eu ja não ouvia seus gritos, já estava começando a ouvir um silêncio, e o ponto final do meu texto só entrou em ação quando a última lágrima caiu. Li o que escrevi e percebi que no começo aquelas palavras amargas tinham no fim ficado doces, e se com elas foi assim, porque na minha vida também não seria? Alias, naquele momento as palavras foram a minha vida. Limpei o rosto, abri a porta do quarto e voltei pra sala, que estava do mesmo jeito, a televisão ligada e minhas irmãs atentas há ela, sentei e agi naturalmente, pois ninguém precisava saber, aliás não tinha o que se fazer, então sorri, pois em meio as tempestades no fim sempre aparecerá um arco íris, e dias chuvosos sempre virão mesmo, mas o sol volta a toda manhã, e isso se pode ter toda a certeza.

Comentários

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